10 de março de 2013

A alegria de uma chegada.

Das minhas coisas, da simplicidade que me esforço por colocar em tudo que vou fazendo na vida; Dos meus fins-de-semana, da minha paz, da tranquilidade da minha casa, do calor da minha cama e até da toalha que te deixo ficar na casa-de-banho. Dos folhados de queijo de cabra que preparei em menos de nada na ânsia de tanto te querer abraçar depois daquele toque de campanhia envergonhado. Da tua cara de menino, aquele pequenino que tanto queria proteger e amar para que pudesses sentir e acreditar que é possível. Daquilo que não te posso dizer (ainda), de tudo quanto partilhas comigo como se me conhecesses de todo o sempre. Das borboletas no estomâgo que te aguardam na certeza de que aquele abraço é sincero e aí sim podemos respirar calmamente. Do meu coração a bater com 100 mil cavalos, quase a saltar pela boca fora. Da minha face rosada como se de uma adolescente se tratasse, do nosso nervoso miudinho e da tua alegria por veres a mesa posta entre detalhes minimalistas repletos de carinho e de amor. Sim, dos requintes de amor. Do meu ensejo por provar o doce sabor de te amar calmamente, despidos de nós. Das nossas "férias", aquelas fugas que planeamos em surdina debaixo dos lençóis pretos que tu, tal como eu, tanto aprecias. Gosto do teu abraço e que me peças delicadamente para me deitar no teu ombro enquanto me acaricias as costas e afagas o cabelo. E eu permito que o faças sabendo que aquele momento é meu e que estou ali, inteira, a aproveitar tudo. Mereço-o. Gosto que sintas o sossego da minha casa e da minha higiene mental e que as disfrutes sem pressas, sem pensar nas horas perdidas que temos quando estamos juntos. Sem espaço nem tempo. Do meu sorriso timido mas orgulhoso por te ver no meu corpo, com tudo ali reflectido no espelho. Gosto que me escrevas "dorme bem" como quem diz "fiquei contigo". Gosto que me peças para beber da minha água e que me olhes profundamente nos olhos quando brindamos. Dos pedaços de sushi que me dás à boca, seguro de ti, sem pudores nem reservas. Gosto da forma como me tocas e me envolves, assim como do calor que emana dos nossos corpos unidos. Da tua pele, da tua energia e da tua forma simples de ser. Do teu esfregar os olhos enquanto falas de ti... Da tua presença ausente em mim e por aqui... De te dizer porque gosto tanto mas tanto de ti; Que te quero proteger e mostrar o Mundo através dos meus olhos. Gosto que gostes de me beijar a boca e até os dentes. Gosto que gostes de mim tal como sou e principalmente do meu sorriso. Gosto que gostes tanto "disto" que temos e que é tão nosso. Gosto das saudades que tenho tuas e de tudo que somos juntos. Gosto até que chegues 5m antes da hora marcada. 5m são preciosissimos, bem sei e são todos nossos, garanto-te. Gosto da dor que sinto no meu corpo por nos termos amado incondicionalmente até ficarmos saciados. Gosto que venhas, gosto que possas ser tu aqui comigo, na minha vida. Gosto de fazer parte da tua vida e da confiança que depositas em mim. Gosto que me peças para te fazer um cachecol de lã, falando a sério enquanto gozo contigo. Gosto que sejas fantástico, para mim és extraordinário. Dos riscos que corro por saber que me posso "desviar" do meu caminho pois contigo... Não tenho barreiras nem defesas. Deixo-me levar na certeza de que me esperas e me abraças como ninguém. E isto é um grande risco. O risco de me apaixonar perdidamente quando não tenho capacidades para sofrer no que toca às questões do amor... Mas tudo isto vale a pena em troca da alegria que sinto pela tua chegada. 

[Tu em mim e a falta que já me fazias - 19 de Julho de 2010.]




Sem comentários: